domingo, 7 de abril de 2013

“Alecrim, alecrim aos molhos, por causa de ti choram os meus olhos...”

O alecrim é conotado com a tristeza e, em certos países com o luto. Mas é também muito útil, este arbusto nativo da zona mediterrânica que prefere terrenos calcários, podendo ser encontrado um pouco por todo o lado, desde as orlas costeiras, a pinhais e serras, desde que o local seja soalheiro. Pode atingir 1,5 m de altura, tem folhas persistentes e pequenas flores em tons azuis e arroxeados, que aparecem no Outono.

As suas folhas, que devem ser colhidas no Verão e secas à sombra, têm as mais diversas utilidades: combatem dores de garganta e musculares, enxaquecas, são bactericidas, anti-parasitárias, anti-espasmódicas, anti-inflamatórias, estimulam a circulação de sangue (sobretudo para a cabeça, melhorando assim a capacidade de concentração e de memória, e estimulando o crescimento do cabelo), combate a hipotensão, a depressão e facilitam a digestão actuando sobre o fígado e sobre a vesícula.

São utilizadas em chá, em tinturas, em champôs, em sais de banho, em águas de colónia, em óleos e incensos. Também em diversos pratos de culinária são um bom tempero, não esquecendo o mel (atrai as fantásticas abelhas, mas repele os mosquitos irritantes).

Desde a antiguidade que é empregue em diversos rituais desde curas a cerimónias fúnebres, ou até nas nossas tradicionais procissões. Diz ainda a sabedoria popular que trazem sorte à casa, pelo que devem ser plantados no jardim, junto à porta ou portão principal.

Ana Isabel Pinto

Sem comentários: