domingo, 7 de abril de 2013

Ai, piquei-me! Porcaria das urtigas...

Ai, piquei-me! Porcaria das urtigas, nascem em todo o lado!

O que consideramos normalmente uma erva daninha, uma praga, uma erva inútil com a qual evitamos contactos dolorosos, é, no entanto, um precioso elemento que a Natureza tão generosamente nos oferece e que pode ter diversas e muito úteis utilizações.

A erva mais vulgar é o urtigão ou urtiga maior (Urtica dióica), pertencendo à família das urticárias e tendo entre 30 cm e 1,5 m de altura. Cresce bem em terras ricas em azoto e húmus. Já a urtiga branca (Lamium album) é mais pequena, entre 20 e 60 cm de altura, e cresce geralmente em regiões montanhosas.
O urtigão pode ser utilizado na agricultura, como pesticida biológico contra afídeos, ácaros ou míldio. É também um revitalizador de plantas pois é rico em vitaminas e minerais.
O seu nome deriva do latim urere (arder) e as suas folhas e caules, cobertos de pelos minúsculos, têm diversas substâncias tais como o ácido fórmico, que provocam inflamação quando em contacto com a nossa pele.
É muito utilizada na medicina homeopática através de tinturas, pomadas, infusões, podendo até ser cozinhada em sopa como legume. Tem um sabor idêntico ao espinafre. É claro que, cozinhada, a urtiga já não “pica”.
É rica em vitamina C, cálcio, magnésio, potássio e ferro, e por isso utilizada em tratamentos tão diferentes como o combate à anemia, artrite e deficiências renais (através da sua acção diurética e desintoxicante). É anti-hemorrágica, anti-diarreica e purificadora do sangue.
Sendo tónica e anti-alérgica, é também usada para tratar eczemas, asma, febre-dos-fenos e picadas de insectos. No banho alivia úlceras exteriores, gota, e limpa chagas e furúnculos.
Ajuda ainda a regular a menstruação e a estimular a produção de leite materno.
Ainda lhe chama agora erva-daninha?!!!

por Ana Isabel Pinto

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